sexta-feira, 13 de março de 2009

LUA DE FEL




Ontem à noite, zapeando enquanto o sono chegar, encontrei um canal qualquer onde estava passando Lua de fel. Assisti esse filme pela primeira vez a muitos anos logo depois que foi lançado em video (na época ainda em VHS) tendo em outras oportunidades de revelo novamento. Não costuma rever muitos filmes, mesmo o que eu gosto, mas esse é umas das exeções, porque de certa forma me hipinotiza e acaba prendendo a minha atenção, apesar de já conhecer a história e o desfecho da cor.



Nigel( Hugh Grant, na época ainda um ilustre desconhecido), e sua mulher fiona(Kristin scott thomas) partem para um cruzeiro para o Mediterrâneo para" comemorar" o setimo aniversario de casamento. Lá eles conhecem o excentrico casal formado pela estoteante francesa Mimi ( Emanuèlle Seigne, linda gata amigos...) e seu marido paraplégico, o escritor americano Oscar (Peter Coyote).



Aparentemente ingenuidade e instabilidade do casal Inglês - Nigel e Fiona -logo os tornam alvos fáceis para os jogos perigosamente sensuais de Oscar e Mimi. Percebendo o involuntário interesse de Nigel por sua mulher, Oscar atrai o Inglês para longa sessões de conversa em sua cabine, onde relata detalhadamente a hitória de seu relacionamento com Mimi.



Eles se conhecem exatamente em Paris, quando Mimi era apenas uma garçonete aspiorante a dançarina. Enfeitiçado pela beleza da françesa, Oscar não poupou esforços em seduzi-la, o que foi uma tarefa até bem fácil. Logo ambos estavam completamente apaixonados e seduzidos, dependentes um do outro, morando junto no Loft do escritor e passando dias e noites inteiras e exercitando todas as possibilidades sexuais que uma paixão tão avassaladora permite. Na, verdade, não havia limites do relacionamento do casal, e todas as fronteiras possiveis foram rompidas em nome da incontrolável paixão, do incontro lável desejo.



Mas, segundo as palavras do próprio Oscar, toda paixão vassaladora quando atingi o topo tende obrigatoriamente ao declinio, e essa fase também chegou para o casal. A relação foi perdendo a graça, e logo aquilo que era apenas paixão virou indiferença,evoluindo para aquilo que podemos chamar de...desrespeito. Mimi totalmente obsecada por essa relação, sujeitou-se a toda sorte de humilhações para mantê-la, e foi aí que Oscar pode exercitar seu lado sádico ao extremo, na esperança que a moça finalmente dessistisse daquela história. Como isso não aconteceu, ele tomou uma atitude extrema, despachando a moça para bem longe sem que ela pudesse desconfiar. Não havia piedade em Oscar, da mesma forma que não havia lucidez em Mimi. Ele só queria exercitar seus desejos sexuais com outras pessoas, queria viver toda a farra sexual que pudessem com outras mulheres, e Mimi, por sua vez, só queria manter aquela história efêmera que viveram no auge da relação, porque não tinha maturidade suficiente para entender que isso jamais seria possível.



Mas a vida está sujeita a toda sorte de infortúnios, e como diria o ditado, " a vingança é um prato que se come frio", de modo que mais cedo ou mais tarde chegaria a hora e a vez de Mimi devolver todo o sofrimento que Oscar afizera passar. tratava-se de uma troca. Houve um tempo em que trocavam e compartilhavam fantasias sexuais apaixonadas. E chegou o tempo em que passaram atrocar torturas fisicas e psicológicas por conta do ódio nascido apartir de uma paixão morta.



Toda essa história é contada por Oscar e Nigel em sessões diárias e sessões intermináveis, e embora o inglês ficasse atordoado com a intencidade e perversidade da história, não consegue se afasyar de Oscar, porque sabia inconcientemente que ali estava seu passaporte para Mimi. Tudo se tratava de um jogo, mais um jogo de sedução com consequências extremas, e Nigel não teve a força suficiente para livrar-se dessa teia que se formou, colocando em risco seu já abalado casamento.



Lua de Fel - É um filme extremamente polêmico. E pesado. É erótico e violento, é avassalador. Aborda questões extremas como ódio, paixão, loucura, desejo, obsessão, vingança, respeito e desrespeito, e enquanto assistimos nutrimos amor e ódio pelos personagens, o que mostra que ninguém e tão bom que não seja capaz de uma barbaridade, da mesma forma que ninguém é tão perverso que não seja capaz de um ato de generosidade.



Considero este um dos filmes mais sensuais que já assisti. Há cenas de extremo bom gosto e de mau gosto também, é verdade, mas sem que isso faça a hitória se perder em argumentos eróticos sem propósito. Na verdade cada apelo sensual do filme acaba exercendo a função de dar a devida intensidade aos sentimentos dos personagens, e suas loucuras e à maneira como cedem voluntaria ou involutariamente à luxúria.



Foi mais um filme marcante na hitória do cinesta polonês e gênio Roman polanski, diretor de ótimos filmes como " O Bebê de Rosemary " o "Pianista" e "Chinatown" dentre outros. No caso de Lua de Fel, o quarteto protagonista funcionou surpreendentemente bem, e até Emanuelle Seigner( então esposa ou ex..não sei de Polanski), apesar de ser uma atriz de talento discutível e beleza incomum, acaba segurando a onda de uma persanagem tão peculiar.






Assim só me resta dizer que Lua de fel é um filme marcante. Eu, particularmente, gostei muito, e recomendo!!





























2 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, Sérgio, eu vi o filme com outros olhos.
E um show de Peter Coyote, como um homem sórdido, e outro do Polanski, que podia deixar a hitória descambar pra uma baixaria absoluta, mas sura com pulso uma trama de gente sem qualquer tipo de preocupação na vida além da dominação.As temáticas dos filmes de Pedro Almodova vai na mesma linha e com poesia.

Marta,
Beijos doces.

Juliana CBF disse...

Eu assisti o bebe de rosemary, apesar de antigo, eu e minha irmã gostamos muito!
Fica a sugestão pra assistir esse filme, que pela sinopse dada pelo caríssimo, parece ser muito bom!